Indústria capixaba vai criar 44,5 mil empregos

Depois de dois anos de queda, setor prevê avanço de 2,5%
A indústria do Espírito Santo vem de dois anos péssimos, com quedas de 6,2%, em 2012 e de 7% (estimativa da Federação dos Indústrias do Espírito Santo, os números fechados ainda não foram divulgados pelo IBGE), em 2013. No ano passado, praticamente todos os segmentos registraram crescimento negativo de produção. 
 
Para o ano que começou há menos de três semanas, a expectativa é melhor. Nada que se compare às fortes expansões registradas no pré-crise ou nos anos de 2010 e 2011, mas, pelas contas da Findes, a indústria do Espírito Santo, com um crescimento de 2,5%, enfim sairia do vermelho.
 
A aposta está nos investimentos do setor que se espalham por todo o Estado – serão aportados R$ 24,88 bilhões nos mais diversos projetos que gerarão 24,8 mil empregos na implantação e 19,7 mil na operação. Entraram nessa conta, por exemplo, as inaugurações das novas usinas de pelotização de Vale e Samarco, e o início da operação do Estaleiro Jurong Aracruz e da P-58, plataforma da Petrobras que já está no litoral Sul do Estado e que até o final do ano estará extraindo 180 mil barris de óleo por dia.
 
“São vários os projetos que estão saindo do papel, muitos que iniciam operação e outros tantos que estão ampliando a operação. Além disso, temos casos de empresas que pisaram no freio por conta da crise e agora estão retomando as atividades, caso da ArcelorMittal Tubarão, que tem um peso importantíssimo na nossa indústria, que religará o alto-forno 3 este ano. Apesar das dificuldades, a indústria capixaba deve ter um ano melhor”, assinalou o presidente da Findes, Marcos Guerra, em um encontro com jornalistas para apresentar o balanço de 2013 e as expectativas para 2014.
 
As dificuldades a que ele se refere incluem os problemas de sempre – alta carga tributária, infraestrutura precária e legislação trabalhista pouco flexível e onerosa – e uma novidade, a Copa do Mundo. “Houve muita propaganda de que a economia como um todo seria beneficiada, mas até agora, fora algumas poucas empresas, nada. O que teremos é um desmobilização no período”, diz Guerra. 
 
Além disso, há os vários feriados, principalmente no primeiro semestre, que provocarão um prejuízo de R$ 976 milhões só na indústria daqui do Estado, e as eleições. “O sonho da indústria é de que tivéssemos eleições de cinco em cinco anos. São anos travados, quando o pensamento fica única e exclusivamente no pleito, e os projetos acabam atrasando”.
 
A Federação das Indústrias do Estado quer investir, até 2017, R$ 150 milhões em educação. Os recursos serão destinados para reforma, modernização tecnológica, ampliação e criação de novas unidades de Senai, Sesi e IEL.
 
Além da construção do novo Instituto Senai de Tecnologia, em Vitória, estão previstos investimentos da ordem de R$ 20 milhões nos 60 laboratórios do Senai instalados no Espírito Santo.
 
“Temos um desafio enorme pela frente que é qualificar toda a mão de obra que será demandada pelos vários investimentos que estão chegando ao Estado. Temos mantido um contato próximo com as empresas para sabermos as reais necessidades”, explicou o presidente da Findes, Marcos Guerra.
 
Em 2014, Sesi, Senai e IEL deverão receber 226.473 matrículas, um recorde. Em 2011, para termos ideia do avanço, foram 162.192 matrículas.
O Senai, que este ano deve receber 156 mil aprendizes, tinha 101.934 alunos há três anos.
 
Guerra ainda revelou a intenção de construir uma unidade integrada do Sesi/Senai/IEL em Cariacica, um investimento de R$ 20 milhões. “Só preciso que o prefeito (Juninho) seja meu parceiro e nos arrume uma boa área”.
 
Com informações do portal Gazeta Online.
 
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