Incaper incentiva à produção de Seringueira

O cultivo de seringueiras tem mostrado ser uma alternativa econômica viável para os produtores rurais. Além de rentável e ambientalmente sustentável, a atividade da extração da borracha natural possui um mercado de consumo promissor.
O cultivo de seringueiras tem mostrado ser uma alternativa econômica viável para os produtores rurais. Além de rentável e ambientalmente sustentável, a atividade da extração da borracha natural possui um mercado de consumo promissor. Atualmente, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), tem atuado para incentivar a expansão dessa cultura nos diversos municípios capixabas.
 
Nesse sentido, foi realizado um Dia Especial sobre Seringueira para 20 agricultores familiares de Vila Pavão, no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Nova Venécia e Vila Pavão. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Incaper, o Sindicato e Secretaria Municipal da Agricultura. No local, eles puderam acompanhar as explicações do extensionista do escritório local do Incaper (ELDR) de São Gabriel da Palha, Carlos Lobo. O tema principal foi sobre a exploração nacional da seringueira em seu período de sangria e em seguida. 
 
Na ocasião, todos foram visitar a propriedade do agricultor familiar Samuel Pagung. Por lá, eles puderam executar a sangria em seringueiras que já estão em processo de produção do coágulo (borracha, ou látex) que começa a partir do sétimo ano. “É uma técnica que requer muitos cuidados, uma vez que as plantas precisam estar saudáveis para que tal prática dê certo”, explicou Carlos Lobo. 
 
Segundo o técnico em Desenvolvimento Rural do escritório local do município, Leandro Canal, Vila Pavão possui aproximadamente 50 hectares plantados, onde grande parte das árvores formadas na
região são oriundas do Programa de Expansão da Heveicultura Capixaba (Probores).
 
O programa visa aumentar o número atual de 15 mil hectares de seringueiras plantadas no Espírito Santo para 75 mil hectares em 2025, meta estabelecida no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag). Essa medida irá gerar mais de 20 mil empregos diretos no Estado. Para realizar o cadastramento no Probores, basta procurar o Incaper do seu município.
 
Segundo Carlos Lobo, importância de ações assim está na longevidade produtiva das árvores de seringueiras. “Um agricultor familiar bem treinado para executar essa atividade, provoca o aumento de produção de borracha em sua propriedade. Quando a seringueira sangra mal, além de reduzir a produção de borracha, as árvores morrem aos poucos. Uma árvore que poderia durar 60 anos, dura apenas 15 anos”.
De acordo com o coordenador do Probores, o engenheiro agrônomo do Incaper Pedro Galveas, o Espírito Santo é o 4º maior produtor de borracha natural do Brasil e isso é consequência de fatores de ordem natural e devido a investimentos públicos ao longo dos anos. “Mais de 80% das áreas capixabas possuem clima ideal para o cultivo da seringueira. No Estado chove acima dos 1.100 milímetros anualmente e o período do inverno é seco”, lembrou.
 
Principais cuidados 
 
Na fase de sangria, é preciso medir, com uma trena, a circunferência das árvores, que devem ter entre 46 e 47 cm. Ou seja, as árvores devem estar na altura do “peito” do agricultor que irá desenvolver tal atividade, ou a um metro e meio do solo.
 
É preciso saber se a árvore está bem folheada (com as folhas verdes) porque mesmo que possua a circunferência correta, não estando saudável ela não estará no ponto de entrar em sangria. Durante este processo a seringueira começa a sofrer cortes para a produção do coágulo e por isso, precisa estar “forte”. 
 
O Incaper recomenda que, caso a seringueira não esteja boa o suficiente para este processo, o agricultor busque um profissional habilitado para realizar uma análise química completa do solo, com adubação em seguida. 
 
É fundamental que o agricultor analise na sua propriedade como está o regime de chuvas. Não é aconselhado colocar árvores em sangria em períodos muito secos, uma vez que 70% do látex produzido é água. 
 
Borracha natural x borracha sintética
 
A borracha natural é obtida das partículas contidas no látex, fluído citoplasmático extraído dos vasos situados na casca das árvores por meio de cortes sucessivos de finas fatias de casca, processo denominado de sangria. Possui propriedades como elasticidade, plasticidade, resistência ao desgaste e ao impacto e propriedades isolantes de eletricidade.
 
A borracha sintética, obtida a partir do petróleo, possui quase a mesma composição química da borracha natural, porém suas propriedades físicas são viáveis para alguns manufaturados, porém são inferiores para luvas cirúrgicas, preservativos, pneus de automóveis, caminhões, aviões e revestimentos diversos, produzidos a partir da borracha natural.
 
De acordo com o coordenador do Probores, o engenheiro agrônomo do Incaper Pedro Galveas, o Espírito Santo é o 4º maior produtor de borracha natural do Brasil e isso é consequência de fatores de ordem natural e devido a investimentos públicos ao longo dos anos. “Mais de 80% das áreas capixabas possuem clima ideal para o cultivo da seringueira. No Estado chove acima dos 1.100 milímetros anualmente e o período do inverno é seco”, lembrou.
 
Contatos
 
Os agricultores que tiverem dúvidas a respeito do processo de sangria ou produção desta cultura podem fazer o contato pelo telefone (27) 3727-1506 ou enviar um e-mail para carlos.lobo@incaper.es.gov.br. 
 
Com informações da Assessoria de Comunicação do Incaper.

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